Olho no Anhembi – A WTorre, do CEO Paulo Remy Gillet Neto, investiu R$ 620 milhões na reforma do estádio do Palmeiras, em troca da concessão para administrar o espaço por 30 anos. Agora, ela decidiu participar da concorrência para a construção de uma arena indoor, com capacidade para 20 mil pessoas, ao lado do complexo turístico do Anhembi. O projeto prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão e dá o direito de exploração do espaço pelo período de 20 anos. Além disso, a WTorre quer participar da reforma, construção e administração de todo o complexo. (ISTOÉ Dinheiro, 24/06/2015)
S&P corta rating da Odebrecht Engenharia e Construção – A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor’s cortou nesta terça-feira o rating de longo prazo em moeda estrangeira da Odebrecht Engenharia e Construção, de BBB para BBB-, com perspectiva negativa. Segundo a S&P, embora tenha uma liquidez forte e balanço leve, a companhia está mais exposta a maiores riscos de reputação após a prisão de cinco dos principais executivos. A medida vem após nova fase da operação Lava Jato ter prendido na última sexta-feira o presidente da holding Odebrecht, Marcelo Odebrecht, como parte das investigações do escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras do país. Para a S&P, embora potenciais implicações das investigações de corrupção sejam incertas, que agora é menos provável que a empresa se saia bem num teste de estresse hipotético ligado a um default soberano. A agência afirmou o rating brAAA/brA-1 + na escala nacional, mas revisou a perspectiva de estável para negativa. (Reuters, 23/06/2015)
BNDES quer usar R$ 10 bilhões do FGTS para financiar infraestrutura – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES quer usar os R$ 10 bilhões de reforço do fundo que conta com recursos da poupança forçada dos trabalhadores para financiar projetos de infraestrutura de energia e logística, como a Hidrelétrica de Santo Antônio e a usina nuclear Angra 3, os aeroportos de Galeão e de Guarulhos e até mesmo um terminal privado, localizado às margens da Rodovia Castelo Branco. O jornal O Estado de S. Paulo obteve a relação dos empreendimentos que o BNDES apresentou ao fundo de investimento que usa os recursos do FGTS (FI-FGTS para aplicar em projetos de infraestrutura. No total, as sugestões somam R$ 10,8 bilhões. A análise será feita na próxima reunião do comitê de investimento – que conta com representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões -, marcada para quarta-feira, 24. Depois que o conselho curador do FGTS autorizou o reforço do caixa do banco com os recursos do fundo, os desembolsos para esses projetos, que já estão em obras, dependem do aval do comitê do FI-FGTS e da aderência deles às regras do fundo de investimento. Se algum deles for recusado, o BNDES terá que trocá-lo por outro. Na relação entregue pelo BNDES estão aportes de R$ 45 milhões na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. (O Estado de S. Paulo, 23/06/2015)
Projeto que prevê revitalização da Av. Santo Amaro é aprovado na Câmara – A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (23), o projeto de lei 377/2014, do prefeito Fernando Haddad (PT), que prevê a revitalização de um trecho da Avenida Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. O projeto inclui, no programa de investimentos da operação urbana Faria Lima, o plano de melhoramentos públicos no trecho de 2,7 km da Santo Amaro entre a Avenida Juscelino Kubitschek e a Avenida dos Bandeirantes, ao custo de R$ 270 milhões. O plano prevê “pavimentação de vias e espaços públicos, infraestrutura para transporte coletivo, drenagem urbana, enterramento de redes, iluminação, sinalização, semáforos, mobiliário urbano, comunicação visual, paisagismo e ajardinamento.” Segundo a justificativa do projeto, a proposta busca alterar as intervenções previstas no âmbito da Operação Urbana Consorciada Faria Lima e, ainda, dispor sobre os incentivos para requalificação dos imóveis vizinhos à Avenida Santo Amaro. O projeto de lei prevê que poderão ser realizadas desapropriações de imóveis adicionais àqueles atingidos diretamente pela implantação do plano de melhoramentos públicos. A proposta busca estabelecer uma série de incentivos a empreendimentos na região utilizando mecanismos previstos no novo plano diretor estratégico. Será admitida, por exemplo, a instalação do uso misto no lote e na edificação sem a necessidade de previsão de acessos independentes e compartimentação das áreas destinadas a carga e descarga, circulação, manobra e estacionamento de veículos, desde que sejam demarcadas as vagas correspondentes às unidades residenciais e às áreas não-residenciais. Ainda de acordo com a proposta, não será necessário o atendimento a número mínimo de vagas de estacionamento estabelecido na legislação em vigor, desde que atendidas as exigências específicas da legislação e normas técnicas de acessibilidade, atendimento médico de emergência e segurança contra incêndio. A proposta prevê ainda que, quando uma parcela do lote for destinada à fruição pública, poderá ser acrescida gratuitamente ao potencial construtivo básico do imóvel uma área construída computável equivalente a 100% da área destinada à mesma fruição pública. A proposta de lei exclui do mesmo programa de investimentos o prolongamento ainda não realizado da Avenida Brigadeiro Faria Lima em viaduto sobre a Avenida dos Bandeirantes, na confluência da Praça Roger Patti com as Ruas Guaraiúva e Ribeiro do Vale. (G1, 23/06/2015)
Filme sobre vida do arquiteto reabilita a FAU como joia do modernismo nacional – Nada substitui caminhar por um prédio quando a ideia é conhecer sua arquitetura. No caso da obra de Vilanova Artigas, arquiteto que repensou noções construtivas com audácia ímpar, essa afirmação é ainda mais verdadeira. Nesse ponto, o documentário “O Arquiteto e a Luz”, realizado por ocasião do centário do autor por sua neta Laura Artigas, que estreia nesta quinta (25), nas salas Espaço Itáu Cinem em São Paulo, rem como maior mérito descortinar alguns dos ambientes mais emblemáticos criados pelo modernista. Sua câmera desliza pelo salão caramelo, o ponto nevrálgico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, os pilares em forma de flor da rodoviária de Jaú, no interior paulista, e por salas atravessadas pelo sol de algumas das casas erguidas em São Paulo. Fora a beleza dessas tomadas, que põem o espectador de forma impressionante dentro da escala pensada pelo arquiteto, o filme narra tudo de modo bastante convencional –nascimento, vida e morte. Também prevalece o tom laudatório, com amigos tecendo elogios ao arquiteto, algo que talvez não fosse preciso dado seu reconhecimento. Nas entrelinhas, no entanto, há certo ressentimento. Grande parte do filme narra a perseguição sofrida pelo arquiteto na ditadura, deixando nítido que para a família essas feridas não cicatrizaram –Artigas, aliás, morreu no início do ano da reabertura democrática, sem chance de ver o país voltar à normalidade. Outro ponto forte do filme é reavivar a memória do arquiteto como personalidade única, um homem de sintaxe exuberante, que misturava português e francês, e zero falsa modéstia –ele chega a descrever seus prédios como poemas. Maior poema de todos, a FAU, que acaba de ser restaurada, ganha no filme um registro contundente, à altura de sua ousadia arquitetônica. A visão da escola reabilitada à condição de joia moderna já vale pelo documentário. (Folha de S. Paulo, 23/06/2015)
Fonte: Compilado do site da CTE – Centro de Tecnologia de Edificações