Projeto da empresa alemã Thyssenkrupp torna possível a redução do espaço de elevadores nos edifícios em até 50%, com o uso de levitação magnética no lugar de cabos de aço
ESSEN – A empresa alemã Thyssenkrupp apresentou nesta quinta-feira, 27, o primeiro modelo de elevador sem cabos, que utiliza tecnologia de levitação magnética para deslocar-se tanto no plano vertical como horizontal.
Segundo a empresa, o novo sistema representa uma revolução para a mobilidade urbana e para a indústria de construção.
“O primeiro sistema de elevadores sem cabos do mundo poderá permitir que o setor de construção enfrente os desafios da urbanização global”, informou a empresa.
Para a companhia, “a era dos elevadores com cabos chegou ao fim, 160 anos após sua invenção”.
A empresa introduziu motores lineares em cabines de elevador e, assim, transformou o transporte convencional de elevadores em sistemas de metrô verticais.
A tecnologia de elevadores denominada ‘Multi’ aumenta a capacidade e a eficiência de transporte, ao mesmo tempo em que reduz a área dos elevadores e as cargas de pico da fonte de alimentação dos edifícios.
A presença de várias cabines no mesmo poço, que se movimentam em sentido vertical, permitirá que os edifícios adotem diferentes alturas, formatos e finalidades, acrescentou a companhia.
O design do sistema é capaz de incorporar várias cabines de elevadores autopropulsadas no mesmo poço, girando em círculos, o que aumenta a capacidade de transporte em 50% e torna possível a redução do espaço de elevadores nos edifícios em até 50%.
O design dos edifícios não será mais limitado pela altura ou pelo alinhamento vertical dos poços de elevadores, segundo a companhia. Isso gera possibilidades que pareciam impossíveis aos arquitetos e desenvolvedores de edifícios.
“À medida que a natureza das construções de edifícios evolui, é necessário adaptar os sistemas de elevadores para melhor atender às necessidades dos edifícios e o grande volume de passageiros”, afirmou Andreas Schierenbeck, diretor geral da ThyssenKrupp Elevator AG.
Fonte: Estadão