A alta expressiva no número de imóveis novos no Rio de Janeiro – dados da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ) revelam que a Zona Norte registrou um aumento de 245% no total de unidades lançadas, ficando atrás apenas da Zona Oeste – abre caminho para a necessidade de se realizar os procedimentos de manutenção preventiva para manter prédios e condomínios em bom estado de conservação, além de proporcionar um maior bem-estar das pessoas que utilizam as instalações.
A manutenção preventiva é necessária para que as condições originais do patrimônio se mantenham seguras e dentro dos padrões de qualidade. A prática de cuidar da infraestrutura de um edifício de forma permanente, que abrange sistemas elétrico, hidráulico, de incêndio e de segurança, além dos serviços nas áreas comuns, está sendo incluída pouco a pouco na rotina dos brasileiros. Segundo dados da Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman), o mercado de manutenção predial preventiva movimentou R$ 207 bilhões no ano passado, o que correspondem a cerca de 4,69% do PIB nacional.
Os dados também mostram o aumento nos últimos anos do número de empresas conscientes da importância de manter ou ampliar o nível de contratação de serviços terceirizados de facilities, na qual a manutenção preventiva faz parte. No entanto, levantamento realizado pela Tekno Engenharia destaca que cerca de 10% dos empreeendimentos terceirizam esse tipo de serviço e que síndicos e administradoras preferem contratar um funcionário para fazer os serviços pontuais de manutenção. “O formato não é o ideal porque esses profissionais não são técnicos e, por isso, não atuam com a prevenção, apenas fazem consertos de rotina”, afirma Osvaldo Macedo, Diretor da Tekno Engenharia, que atua há 20 anos com soluções completas de manutenção predial preventiva.
O ideal é que a manutenção ocorra constantemente, mas na maioria das vezes, as pessoas agem com o pensamento de que só precisa consertar se quebrar e, além do custo adicional, é um perigo para os moradores. Geralmente os administradores preferem fugir do custo fixo e gastar muito mais depois com a reforma. “A cultura brasileira de sempre ‘deixar para depois’ deve ser mudada neste caso em prol do bem comum”, ressalta Osvaldo.
Um exemplo da realização de manutenção preventiva de rotina é o Hospital da Lagoa. Os quadros de energia, principalmente os ligados ao sistema de emergência e, consequentemente, ao gerador, são verificados quinzenalmente para que não deixem de funcionar no caso de falta de energia dos equipamentos. “Testamos, fazemos a limpeza e simulamos ligações de emergência do gerador para verificar se está tudo funcionando. A falta de manutenção também pode ocasionar curto circuito e queima dos equipamentos por sobrecarga de energia”, explica ele.
A manutenção predial cadastra as ferramentas das instalações e fiscaliza a vida útil de cada peça, usando-as até seu limite e troca, de modo que os clientes consigam orçar os custos. “Despesas com consertos ou trocas de equipamentos que apresentam defeitos inesperados ou com serviços ineficientes não só geram gastos imprevistos como também ocasionam contratempos para os moradores – problemas que poderiam ser contidos ou eliminados com a prevenção”, completa o diretor.