Por Victor Montenegro, Diretor de Negócios da Fagga / GL Eventos Exhibitions:
Apontado em pesquisas recentes como o setor que mais vem contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país, a construção civil vem transformando e se renovando, criando cada vez mais empregos e levando o desenvolvimento a lugares jamais imaginados.
Mesmo apontando uma desaceleração já esperada devido à finalização das obras da Copa do Mundo, no primeiro semestre de 2014, a construção civil continua sendo um dos setores que mais empregam no país. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MT), os serviços, a indústria de transformação e a construção civil lideraram a criação de novas vagas. O setor da construção civil gerou 25.055 novos postos de trabalho em fevereiro de 2014.
O desenvolvimento urbano e os incentivos concedidos pelo governo facilitam os investimentos na indústria da construção. No entanto, as dificuldades geradas pela crise imobiliária devem demandar esforço adicional na reestruturação dos negócios, principalmente no que diz respeito à redução de custos e tempo na obra.
Não obstante, o mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia brasileira nos últimos anos. Entre 2009 e 2012, o número de certificações de prédios segundo padrões ecológicos cresceu 412%. uma tendência que se deve respeitar.
No final de junho, a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou proposta (PL 4095/12) que altera o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01) para estimular a construção de casas e edifícios sustentáveis. Pelo texto, do deputado Bohn Gass (PT-RS), os planos diretores deverão obrigar projetos de urbanização e edificação que adotem mecanismos de uso racional da água e de energia e para evitar a impermeabilização do solo.
O projeto aumenta as expectativas para que o mercado de soluções que promovam o equilíbrio ambiental da cidade seja o grande herói da indústria da construção. De acordo com a proposta, os projetos de interesse social também passam a contar com condições mais favoráveis para aquisição de empréstimos em bancos oficiais. Assim, a edificação de novos imóveis comerciais – os chamados edifícios verdes -, em conjunto com o governo, universidades e instituições sem fins lucrativos, desencadearia um novo surto de crescimento nos próximos anos.
Para as construtoras, profissionais da área e empresas fabricantes de materiais de construção, a sustentabilidade tem sido pauta obrigatória nas discussões já há algum tempo. Atualmente, temos várias empresas altamente engajadas e preocupadas com esta temática. Já vemos no mercado inúmeras soluções para todos os tipos de projetos de engenharia e arquitetura, além de materiais altamente diversificados, sustentáveis e capazes de reduzir custo e tempo em todas as etapas da construção.
Há muito ainda para avançar, mas esta mobilização tem despertado toda a cadeia do setor. Soluções que priorizam redução de tempo e custo das obras, além de alternativas para a economia verde e sustentabilidade, estão entre algumas das vantagens dos lançamentos apresentados, com exclusividade no país, durante o Minascon/Construir. A feira, que acontece entre os dias 6 e 9 de agosto, no Expominas, em Belo Horizonte, contará com a participação de mais de 300 marcas nacionais e internacionais, demonstrando o que há de mais inovador em produtos e soluções para a construção civil.
Praticamente todas as áreas da construção civil estarão representadas no evento: automação, ferramentas, máquinas e equipamentos, iluminação, louças e metais, aquecedores e ar-condicionado, revestimentos e acabamentos, portas, janelas e acessórios, fundações e estruturas. A feira é voltada para os profissionais do setor e é aberta ao público em geral, interessado em informações, novidades e lançamentos no setor da construção civil. Já o Minascon, que conta com uma programação técnica, o público é especializado.
O que se espera para esta edição é um movimento muito forte das empresas parceiras no sentido de apresentar soluções inovadoras, que atendam às novas necessidades do mercado da construção.
Fonte: Diário do Comércio