O home office necessita atenção especial com o ambiente para não prejudicar a saúde e oferecer os resultados esperados
O número de profissionais que estão aderindo trabalhar home office aumentou e agora a previsão é de que essa modalidade de atuação profissional seja ainda mais numerosa, porque está prevista na reforma trabalhista discutida no Congresso Nacional. Segundo o levantamento da empresa Regus, o Brasil é o segundo país no mundo mais adepto ao exercício profissional em casa. A maioria das pessoas acredita que esse tipo de trabalho seja mais flexível e estimulante, principalmente para quem tem filhos e quer continuar investindo na carreira. Para a arquiteta especialista em projetos para ambientes de trabalho, Priscilla Bencke, é preciso ter cuidado com o local onde as atividades serão desenvolvidas. “Apesar de ser a sua casa, isso não quer dizer que este ambiente esteja preparado para o exercício da profissão”, salienta a arquiteta. Priscila aponta para os problemas como a decoração, as cores, o espaço, os móveis e outros componentes. “Eles podem comprometer a qualidade de vida de quem trabalha em casa, se não estiverem prudentemente organizados, de acordo com o trabalho que será efetuado”, afirma a especialista.
Muitos estudos comprovam que os ambientes influenciam diretamente na forma como trabalhamos e, por isso, quando esses espaços não estão organizados adequadamente afetam a concentração, a produtividade e a satisfação profissional. Segundo a arquiteta, mesmo sendo sua casa, se não houver harmonia no ambiente ele pode causar efeitos drásticos sobre a saúde, porque ultrapassamos limites como o tempo de atuação profissional e postura. “Quando excedemos nossos limites físicos e psíquicos transformamos o excesso de trabalho em estresse”, alerta Priscilla Bencke. Entendendo a importância que os espaços físicos têm no nosso comportamento, a arquiteta compartilhou algumas sugestões sobre como melhorar a qualidade de vida trabalhando em casa com exemplos práticos de espaços Home Office, a partir da visão da arquitetura.
1 – Não ter um local específico para trabalhar
Com a flexibilidade da internet e a informalidade de estarem em casa, muitas pessoas não têm um lugar fixo para trabalhar e os locais podem variar da mesa do jantar até mesmo para o sofá. “Se a intenção for trabalhar, nem que seja só por meio turno, o ideal é procurar um local específico e prepará-lo para essa atividade”, sugere a especialista. Existem diversos exemplos de Home Office que ocupam menos espaço e atendem todas as necessidades. “Invista numa bancada com cadeiras e algumas prateleiras para armazenamento. Essa é uma opção inteligente e saudável”, complementa Priscilla.
Segundo a pesquisa da Regus, 32% dos entrevistados reclamaram de dores na coluna devido a instalações inapropriadas que geram desconforto físico e influenciam diretamente na produtividade profissional.
2 – Cadeiras com design, mas pouco conforto
Existe uma variedade enorme de opções para decorar os ambientes, tornando o espaço mais personalizado e característico. Porém, se o objetivo é ter um local de trabalho ‘apropriado’ é importante focar no conforto. “Cadeiras que possuem design são uma tentação, mas o ideal para um ambiente de trabalho home office é escolher cadeiras típicas de escritório que possuem três funções básicas: regulagem de altura do assento, regulagem de altura do braço e encosto com o apoio de lombar”, indica a arquiteta Priscilla Bencke.
3 – Notebook em posição inadequada
A maioria dos profissionais que trabalha em casa utiliza notebook. Além de ser prático, é útil para trabalhos temporários. Porém, após muitas horas de trabalho podem vir a ocorrer desconfortos físicos. “Para evitar que esses problemas influenciem sua qualidade de vida acrescente um suporte para notebook com mouse e teclado externo. Dessa forma, você irá trabalhar em uma postura adequada sem queixas e com mais produtividade”, aconselha Priscilla.
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