Por Pedro Polo *
Atualmente, os sistemas avançados de controle de iluminação apresentam um impacto muito maior sobre as operações de construções e no seu desempenho do que víamos anos atrás, o que faz com que o projeto de lighting design se torne cada dia mais complexo. Os gerentes das instalações são os responsáveis por manter estes sistemas atualizados, tendo que retirar dali o máximo de eficiência possível, sendo capazes ainda de se adaptarem rapidamente a todas as mudanças nos requisitos da construção.
Desta forma, identificar a melhor combinação de serviços de suporte no início do projeto, o que inclui treinamento e manutenção preventiva, é uma das melhores formas de se maximizar a eficiência do sistema, garantir longa vida ao produto – e consequentemente redução de custos – e minimizar os riscos desde o projeto até a ocupação do prédio por quem realmente importa: as pessoas.
Começando do início
Um investimento relativamente pequeno, porém planejado no que se refere a tempo e dinheiro, pode fazer com que todo o processo do trabalho de controlar a iluminação aconteça de uma forma mais suave, reduzindo as indesejadas ordens de modificação, evitando falhas de comunicação, agravamentos e economizando um tempo incalculável. E é preciso ter em mente que você não precisa fazer tudo sozinho: serviços de suporte ajudam a desbloquear todo o potencial do sistema de iluminação, minimizar riscos e elevar as receitas.
O serviço de suporte pode, por exemplo, mensurar o quanto de energia elétrica pode ser economizado com o uso dos sistemas, e o que fazer para atingir a meta se ela não for inicialmente alcançada.
E o melhor momento para considerar todas essas possibilidades é antes mesmo de pensar em design do sistema, instalação e comissionamento.
Os responsáveis pelas instalações de iluminação devem agendar, antes de mais nada, uma visita apenas para consulta a empresas de construção, integradores de sistemas, profissionais de TI e outros especialistas envolvidos com a arquitetura da iluminação, com o objetivo de analisar a integração entre o sistema de controle de iluminação e outros sistemas de gestão de edifícios, garantindo que a iluminação irá funcionar de maneira ininterrupta e sem percalços.
Visitas de consulta prévia também irão ajudar a planejar uma sequência de operações: é muito mais fácil envolver os seus pensamentos em tudo o que precisa ser feito ainda no início do processo. Um processo como esse é uma avalanche de novas informações, novidade e detalhes que precisam ser considerados. É difícil pensar em um processo do começo ao fim que não tenha tido sequer uma alteração no projeto inicial, e quando falamos de sistemas de iluminação a situação não é nem um pouco diferente. Por isso, jamais menospreze a etapa de consulta.
Essa importante fase dará a você e a sua equipe mais tempo para considerar o que cada espaço foi projetado para fazer, como os ocupantes deste lugar serão acomodados e como poderão se sentir confortáveis com a luz presente no local e que tipos de treinamento serão necessários para as equipes de instalação e manutenção destes locais.
Correção de sensores de ocupação
Praticamente qualquer novo sistema de controle de iluminação inclui os sensores de ocupação, os tradicionais aparelhos que detectam movimentos e acendem as luzes diante destes sinais, e muitos deles também possuem sensores de luz natural que ajustam automaticamente à luz elétrica em resposta a luz natural disponível. Produtos sem fio, wireless, tornam mais fáceis os ajustes necessários de posicionamento e programação destes controles, mas eles ainda podem ser um desafio para que se tenha a certeza de que eles estão no local ideal para que sejam atingidas todas as metas previstas de economia de energia e para que a penetração de luz no espaço seja atingida ao máximo.
Geralmente, os sensores de ocupação resultam em um impacto imediato e mensurável no consumo de energia, mas a instalação no local exato é fundamental para que todos os seus benefícios sejam maximizados. Pense que poucas coisas são mais desagradáveis do que estar sozinho em um local e as luzes se apagarem. Ligar novamente as luzes se torna um exercício cansativo e desanimador. Ou seja: o layout do sensor e os ajustes necessários irão garantir que eles estarão sempre no lugar certo e estarão funcionando corretamente.
Um sensor de ocupação pode ser detalhista a ponto de registrar o movimento de uma pessoa digitando em um teclado, folheando um livro, mexendo as pernas enquanto está sentada. Esse sensor pode fazer com que uma espreguiçada de um funcionário fazendo hora extra seja apenas um método de relaxamento, e não uma tentativa de acabar com a escuridão por falta de um movimento mais enérgico.
O contrato de serviços de controle de iluminação também deve prever um acompanhamento próximo, para garantir que o posicionamento e a programação continuem a fazer sentido quando o edifício estiver totalmente ocupado. Além disso, o desempenho do sensor de ocupação pode ser afetado por estantes de livros, cortinas, divisórias ou uma variedade de outras coisas que precisam ser levados em conta em um projeto.
Prédios são ocupados por pessoas, e por isso o espaço nunca será igual todos os dias.
Pense nisso.
Serviços de inicialização para garantir a melhor configuração do sistema
A inicialização do sistema é um passo importante para todos os envolvidos em um projeto de controle de iluminação. Geralmente, as equipes de instalação estão ansiosas para comprovar que o sistema está funcionando como o esperado assim que o projeto for entregue. Empreiteiros querem reduzir as chances te ter que corrigir algo – o que é perfeitamente compreensível – e o fornecedor dos sistemas sabe que a sua reputação pode estar em jogo e quer garantir que o sistema de controle funcione como o esperado e projetado e que os ocupantes do edifício saibam como utilizá-lo.
Mas é preciso ter calma.
Dependendo do tempo de execução e de treinamento, os serviços de inicialização do sistema podem ser adaptados especificamente para cumprir os requisitos de orçamento e de cronometragem.
Pense do LEED
A cada dia que passa, o sistema de controle de iluminação é um dos elementos mais críticos para que sejam atendidos diferentes códigos de construção, requisitos locais ou metas de sustentabilidade.
Quando você inclui serviços de desempenho e documentação do sistema nos requisitos iniciais do projeto, você não será pego de surpresa por uma documentação que você não sabia que era necessária, verificações do sistema que você pode não estar preparado para fornecer, e os resultados dos testes exigidos pelas normas, códigos ou programas de certificação, como o LEED.
O certificado LEED – Leadership in Energy and Enviromental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental) tem se tornado cada vez mais uma meta para empresas ambientalmente responsáveis, além de engenheiros e arquitetos de grandes empreendimentos. É como se fosse um selo. Trata-se de um sistema de classificação iniciado em 1998 e administrado pelo United States Green Building Council (USGBC). Ele fornece um padrão nacional objetivo para o que constitui um edifício sustentável, oferecendo um conjunto de critérios de desempenho com base científica para a certificação de projeto LEED.
Os sistemas de controle de iluminação podem ajudar em seis das sete categorias observadas em um empreendimento para a obtenção do certificado:
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Espaços Sustentáveis – para seleção de espaços e estratégias de design responsáveis e ecologicamente corretas
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Energia e Atmosfera – Para otimizar a eficiência energética do edifício inteiro
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Materiais e recursos – Para promover a gestão responsável de resíduos e seleção de materiais
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Qualidade ambiental interna – para minimizar os contaminantes e otimizar o ambiente interno, incluindo o uso de controles de iluminação e luz natural
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Inovação no design – para o desempenho exemplar superior aos requisitos da LEED para recentes inovações de edifícios sustentáveis
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Prioridade regional – para incentivar a obtenção dos créditos da LEED que sejam importantes à geografia local