As novas e cada vez mais inteligentes tecnologias de construção estão mudando a forma como pensamos e planejamos o controle de iluminação em uma residência ou até mesmo em um edifício inteiro.
Os fabricantes de sistemas e produtos para o controle da luz, tanto natural quanto artificial, estão se tornando dia após dia mais aptos a oferecer uma variedade de componentes que elevam a eficiência energética, reduzem os custos e propõem a integração com outros sistemas para garantir a automação e controle de dados.
Entretanto, para que os sistemas de controle de iluminação se tornem ainda mais inteligentes é preciso lembrar que, antes de mais nada, eles devem criar a melhor experiência possível para as pessoas que vivem ou trabalham naquele espaço.
No final das contas, a percepção do cliente sobre a qualidade tem início a partir da simples expectativa de que tudo o que está sendo instalado naquele local irá funcionar. Do produto mais simples ao mais complexo: a primeira regra é cumprir o que foi proposto.
Um sistema de dimerização, por exemplo, pode ajudar a otimizar a eficiência energética, reduzir custos de instalação e operação e promover a integração com os sistemas de gestão de um edifício – mas o mais importante é reduzir a luz suavemente e melhorar o ambiente de iluminação para quem utiliza o local, seja um morador ou alguém que trabalha naquele ambiente.
Satisfazer esse usuário e agradar os seus olhos é o primeiro e mais importante passo.
Em relação ao controle de iluminação, a qualidade pode ser definida por quatro princípios básicos:
1. Os dispositivos exigem um sistema de controle confiável: Pense no que acontece quando um sistema de controle de iluminação falha. Um único dia de problemas durante toda a vida de um sistema pode significar perdas financeiras para uma empresa similares ao custo de todo o sistema de controle de iluminação. A iluminação é um dos aspectos operacionais mais essenciais em qualquer empreendimento.
2. A experiência de iluminação é importante: Sistemas de controle de iluminação estão se tornando mais complexos, e uma maior integração é fundamental. Os fabricantes precisam entender como aplicar as melhores estratégias de controle e como fazer uma correta integração para atingir uma alta performance e entregar os resultados esperados.
3. Os fabricantes devem ser responsáveis pelo desempenho de seus produtos: Nenhum sistema é perfeito, e problemas acontecerão em algumas obras. Para levar este risco em conta é importante que os fabricantes possuam um serviço de engenharia plenamente capaz de oferecer uma resposta rápida para resolver o problema em vez de criar mais atrasos e retornos adicionais. Ninguém está imune aos erros, mas resolver o problema rapidamente e minimizar o risco de um novo empecilho pode ser um diferencial fundamental.
4. Os dispositivos precisam de sistemas compatíveis, mesmo diante de tecnologias em constante evolução: É difícil prever o futuro da integração e da interoperabilidade, mas sistemas devem ser projetados com isso em mente e precisam permitir uma ampla variedade de possibilidades de integração existentes e futuras.
Um sistema de iluminação inteligente considera tanto a luz elétrica e quanto a natural.
Os bons sistemas de iluminação devem fornecer os níveis de iluminação adequados para que as pessoas executem corretamente suas tarefas visuais. E mesmo que seja bastante difícil isolar os benefícios de produtividade dos níveis de iluminação adequados, existe uma clara ligação entre o controle de iluminação do ambiente pessoal e o conforto e a motivação dos funcionários.
Sistemas de cortinas, por exemplo, são essencialmente concebidos para reduzir a luminosidade e fornecer proteção térmica para os ocupantes do edifício. Sem uma eficaz mitigação do brilho, essas cortinas agregam pouco ou nenhum valor.
No entanto, o controle de luz não deve limitar a capacidade de uma avançada captura da luz do dia, a preservação de pontos de vista dos ocupantes e as oportunidades para o aquecimento passivo ou reflexão do calor. Um verdadeiro sistema de alta performance entende a hierarquia de comando e sempre mantém a funcionalidade principal em primeiro lugar, antes de abordar benefícios avançados, como otimização de energia e análise de dados.
Eficiência energética é importante – não apenas pela questão da redução de custos, mas como parte do crescente comprometimento global com a sustentabilidade – mas a ênfase na economia de energia é algo relativamente novo. Sistemas de controle de iluminação têm apenas cerca de 50 anos e o objetivo sempre foi o de fornecer benefícios significativos para a vida das pessoas que vivem ou trabalham em um determinado local.
Quando falamos em estratégias de controle de iluminação, o primeiro ponto a ser pensando deve ser o impacto sociológico sobre os ocupantes do edifício. Isto resulta em economia final em termos de redução do consumo de energia, a eficácia dos funcionários e bem-estar geral.
* Pedro Polo é diretor-geral da Lutron Electronics Brasil