Ao todo são seis vencedores da 27ª Edição do prêmio em diversos estados
Comissão Nacional contempla ações de preservação patrimonial de seis estados brasileiros: Ceará, Minas Gerais, Pará, Goiás, Paraíba e Rio de Janeiro.
Os seis vencedores da 27ª Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foram conhecidos na última quarta-feira, 13 de agosto. O Prêmio é uma celebração e reconhecimento das ações de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro.
Nesta edição, cada um dos vencedores receberão um certificado e o valor de R$ 25.000,00. Foram selecionadas três ações em cada uma das categorias, dos estados do Ceará, de Goiás, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba e do Rio de Janeiro.
Categoria I – iniciativas de excelência em técnicas de preservação e salvaguarda do Patrimônio:
• Ação: “Rabecas da Tradição: performance e luteria”. Os rabequeiros, tocadores e fabricantes artesanais da rabeca, mantêm vivo o som deste instrumento, no interior do Ceará, como forma de preservar a cultura do lugar onde vivem.
Proponente: Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho – Estado: Ceará
• Ação: “Projeto Respeitável Público, Respeitável Circo”. A partir de diversas ações e de uma extensa pesquisa documental, o Projeto reacende a memória e a força de expressão cultural do Circo, em Minas Gerais.
Proponente: Sula Kyriacos Mavrudis – Estado: Minas Gerais
• Ação: “Projeto Balsa Buriti Preservando a Memória Fluvial”. Uma balsa feita da leveza do Buriti traz à tona o peso e força da memória, percorrendo, pelo rio, diversas localidades da região e mostrando este antigo costume de construir este tipo de balsa.
Proponente: Fundação Casa da Cultura de Marabá – Estado: Pará
Categoria II – iniciativas de excelência em promoção e gestão compartilhada do Patrimônio:
• Ação: “Projeto Cabocla – Bordando Cidadania”. Oficinas de um antigo costume, o bordado, são ministradas às presidiárias e aos presidiários de Goiás, tecendo novas histórias.
Proponente: Milena Curado de Barros – Estado: Goiás
• Ação: “Memórias e colaborações através do audiovisual”. No município de Zabelê, o pequeno gesto de uma câmera na mão é capaz de reviver e registrar o patrimônio cultural daquele lugar.
Proponente: Associação Cultural de Zabelê. – Estado: Paraíba
• Ação: “Programa de Apoio à Conservação do Patrimônio Cultural – PRÓ-APAC”. A ação propõe a revitalização de residências, como instrumento de manutenção da memória e de preservação do patrimônio.
Proponente: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. – Estado: Rio de Janeiro
A escolha dos premiados ocorreu nos dias 12 e 13 de agosto, na sede do IPHAN em Brasília. Os 16 jurados da Comissão Nacional, presididos pelo diretor do Departamento de Articulação Fomento/DAF do IPHAN, Luiz Philippe Peres Torelly, a partir de seus pareceres sobre as 50 ações finalistas fomentaram um rico debate. A votação dos seis vencedores levou em consideração a relevância e excelência de cada projeto. Por vezes, os jurados reforçaram que as iniciativas participantes demonstram a riqueza de expressões culturais que mantêm viva a memória e o patrimônio cultural brasileiro.
Na 27ª Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, as Superintendências Estaduais do IPHAN receberam 122 inscrições, em 22 estados brasileiros. Após as triagens, saíram os seis projetos vencedores, que participarão da cerimônia de premiação, no dia 4 de novembro, no Clube do Choro em Brasília. Entre as atividades do Prêmio, ainda serão promovidos debates e mesa redonda, o que visa fomentar a discussão com a sociedade e profissionais da área.
A Comissão Nacional de Avaliação em 2014 teve a seguinte composição:
• Américo Córdula, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.
• Ana Beatriz Goulart de Faria, consultora do Ministério de Educação e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
• Ana Elisabete de Almeida Medeiros, professora adjunta do Departamento de Teoria e História da Arquitetura e Urbarnismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília.
• Ana Lúcia Abreu Gomes, professora adjunta do Curso de Museologia da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília.
• Briane Panitz Bicca, coordenadora do Monumenta PAC Cidades Históricas Porto Alegre.
• Damiana Bregalda Jaenisch, mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutoranda em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
• Isabel de Freitas Paula, Oficial de Cultura da Representação da UNESCO no Brasil.
• José Simões Belmont Pessôa, professor associado da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense.
• Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrès, diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro Escola e conselheiro do Conselho Consultivo do IPHAN
• Maria das Dores Freire, historiadora e consultora.
• Maria da Graça Nobre Mendes, jornalista da Assessoria de Imprensa da Defensoria Pública da União, do Ministério da Justiça.
• Simone Scifoni, docente do Depatamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
• Telmo Padilha César, fundador da Defesa Civil do Patrimônio Histórico (Defender).
• Thiago de Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil no Distrito Federal.
• Luiz Philipe Torelly – presidente da Comissão Nacional e diretor do Departamento de Articulação Fomento/DAF do IPHAN.
Fonte IPHAN